segunda-feira, 10 de outubro de 2016

POESIA POPULAR - CORDEL II

Depois de conhecerem os cordéis da Jarid Arraes, os estudantes foram estimulados a produzirem os seus próprios, mas desta vez o tema foi livre. Os estudantes das turmas 1901 e 1902 produziram lindas sextilhas, mostrando que são jovens "antenados" com os temas da atualidade, parabéns!
 

“Racismo e preconceito nas Redes Sociais”
 
Autores: Ingrid, Natália e Patrick (1901)
 
 

Venho eu aqui falar
De uma inovação
Que tem como objetivo
Toda comunicação
A tal rede social
Que propõe a união

No começo de tudo
Era uma diversão
A partir de um tempo
Gerou uma opressão
Que nada legal tornou
Esse tipo de invenção

 
 
 
Tem o caso da Thaís
Com uma foto sofreu
Negra linda com raiz
Um problema ocorreu
Foram tantos comentários
Que ela se aborreceu:

“Negra, gorda, infeliz!
Preta, burra, pixaim!
Passa logo a chapinha!
Mas que cabelo ruim!
Aqui o padrão é outro!
Com o cabelo lisinho!”

Aqui o nosso critério
É nos diferenciar
Contra todo preconceito
Importante é lutar
Existe muito ainda
 
Isso tem que acabar.

“O Surto de Zica Vírus”

 
Autoras: Alexia e Thayná (1901)

A cada dia que passa
Nosso medo só aumenta
Durante a gestação
Ele causa a doença
Este tal de zica vírus
O mundo já não aguenta

Provocando epidemia
O vírus pode espalhar
Durante a gravidez
Ele pode até causar
Uma das grandes doenças
Que pode até matar

Deveremos nos cuidar
Lavar tudo e limpar
Passar sempre repelente
P’ro mosquito não picar
E o medo não chegar
A doença não pegar.

"Bullying"
 
Autoras: Shayene e Emylle (1901)
 
 

Este é um cordel bem simples
Mas é feito com amor
Pretendo sintetizar
Com clareza e com dor
O bullying tem que acabar
Porque isso é um horror

Até mesmo na escola
No lugar de aprendizagem
Os alunos não respeitam
Falta de camaradagem
Ninguém colabora nada
Ficam só de malandragem

 
 
 
Quando crescem um pouquinho
Querem xingar de imundo
Os faltando com respeito
Acho isso um absurdo
Todos nós somos iguais
Respeitem a todo mundo.

"Etnias"
 
Autores: Milene, Pollyana e Francisco (1901)
 
Essa tal modernidade
Vem falando de respeito
Entre várias regiões
Usando o seu conceito
Mas nem tudo é positivo
Tem também o preconceito

Falo das tais etnias
Que presentes aqui estão
O negro, branco e o índio
Que formam essa nação
De grandes diversidades
Tendo determinação

Terras de muitos sotaques,                       
Traços diferenciados                                 
Estilos, variedades                                       
Entre si organizados                                   
Tradições, conhecimentos
Caminhando entrelaçados.

"Homofobia é crime"
 
Autoras: Carolina e Gabrielle Oliveira (1901)
 
Vou contar um caso forte
Preste muita atenção
Que pode até causar morte
E tem discriminação
Não tiveram muita sorte
Ao seguir seu coração

Tamanho preconceito
Que sofria agressão
O amor não era aceito
Por essa população
Valentina e Manu
Sofriam a opressão

Elas não ligavam para
Toda essa opinião
Elas foram a uma festa
Entregaram-se à paixão
Foram julgadas, xingadas
                                                         Que chegou à agressão

                                                         Elas ficaram com medo
                                                         Queriam denunciar
                                                         Mas ficaram ressentidas
                                                         Com o que iria rolar
                                                         Depois de muito pensarem
                                                         Resolveram então falar.

“O vírus que dominou o mundo”

Autores: Yuri, Carlos e Gabriella (1901)
 
E o mosquito da Zica
No nosso mundo entrou
Ele quer nos dominar
O povo não evitou
Nós vamos eliminar
A saúde piorou

Entre todas as doenças
Que ele pode transmitir
A zica com seus sintomas
Precisamos prevenir
As manchas avermelhadas
Nós temos que nos unir

Ponha zica p’ra correr
De todos nossos locais
Temos que nos defender
Limpando nossos quintais
A doença combater
Junto com os nossos pais.
 
 
"Existe Racismo no Brasil"
 
Autoras: Ana Carolina, Isabelle e Yasmin Borges (1902)
 
Vou falar de um assunto
Da tal discriminação
Além de desrespeitoso
Nos causa indignação
Raça, cor ou etnia
Todos merecem atenção
 
No Brasil a cor da pele
É motivo p'ra racismo
Nossa juventude negra
Luta contra o cinismo
De quem pratica tal ato
Com furor e egoísmo
 
O racismo brasileiro
Não recai sobre a origem
Enfrentamos desafios
Que até hoje exigem
Mas são inúmeras formas
                                                        De se enfrentar com coragem
 
                                                       É uma realidade
                                                       Isso temos que mudar
                                                      Vamos juntos nessa luta
                                                      Temos que acreditar
                                                      Que um dia isso tudo
                                                      Vai mudar e melhorar.
 
 
"A Luta da Mulher contra a Opressão"
 
Autoras: Andrelina Luenny e Keli Cristina (1902)
 
Chega de desigualdade
E sofrerem opressão
As mulheres acordaram
Vão fazer Revolução
O Brasil nós mudaremos
Somos determinação
 
Então, olhe para mim
Eu visto o que eu quiser
Não quero adjetivos
Me respeite sou mulher
Não importa o que disser
E farei o que quiser
 
Não ser só dona de casa
E poder me expressar
Queremos decidir já
Sobre o aborto falar
Meu corpo, minhas regras
Só eu devo opinar.

 

 
"A Descriminalização da Maconha"
 
Autora: Gabrielle (1902)
 
 
Criminalizada foi
Uma planta bem antiga
Foi a cannabis sativa
Que muitas dores mitiga
Nunca fez mal permanente
Mesmo assim é inimiga
 
Você é chamado de
Vagabundo, deturpado
Por fumar marijuana
Muitos jeitos designado
Por gente que não conhece
Sendo muito mal tratado
 
Legalização não vai
Prejudicar a ninguém
Pode trazer benefícios
Medicinais e também
                                                       Têxteis, além de econômicos
                                                       Temos que refletir bem.
 
 
"A morte do Rio Doce"
 
Autores: Carlos e Sabrina (1902)
 
 
Vou falar de um desastre
Contra nossa natureza
E toda a comunidade
Que trouxe muita tristeza
Tem sido muito difícil
Com toda essa safadeza
 
Esse crime trouxe mortes
De pessoas e animais
Com a barragem rompida
Muitas vítimas fatais
Soterrou o Rio Doce
Do estado Minas Gerais.
 
 
 
 
 
 
 
“O atleta que venceu”
 
Autores: Yasmim Alves, Geovana e Josué (1902)
 
 Conto aqui uma história
Com as medalhas no peito
Com vontade de ganhar
Uma vida de respeito
Como a de muito atleta
Que cresceu com preconceito

Vivi com dificuldade
Mas honrei os meus valores
Com ajuda de amigos
E com muitos professores
Em toda minha jornada
Para ganhar muitas flores

Não se esqueça do passado 
O presente é pra valer         
Eu lutei com honraria            
Como se deve fazer                
Não se esqueça da família     
                                                       Tenha muito o que viver.


“Olimpíadas Rio 2016”
 
Autores: Alexandro A.L. da Silva (1902)
 
Esse ano tem Olimpíadas
Vai ter muita emoção
Vai ter futebol e vôlei
Basquete e natação
Vai ter muita alegria
Para o nosso coração

Com a crise financeira
Isto está pegando fogo
Maraca pode ter show
Mas não vai poder ter jogo
Prejudicando os clubes
Que ficam vendo pré-jogo

Com as obras atrasadas
Já está chegando a hora
Senhor prefeito do Rio,
Temos que ver isto agora
Esse ano é tudo nosso
É nessa que eu vou embora.

“Olimpíadas 2016”
 
Autores: Lucas Pires, Kevin e Davison (1902)
 
Olimpíadas vai ter
Um ano vindo com lutas
As vitórias a chegar
Fazendo corridas curtas
Muitas curvas no caminho
Cortando ações fajutas

No tempo o Rio parou
Obras por todo lugar
Todos esperando o dia
Que o futuro vai chegar
Trazendo felicidade
Medalhas vamos ganhar

Uma cidade famosa
Virão muitos estrangeiros
Curtindo nossa cultura
Dias e dias inteiros
Dançando as nossas danças
                                                       Provando nossos temperos

                                                       Serão chuvas de medalhas
                                                       Vitórias a reservar
                                                       Com sangue de um guerreiro
                                                       P’ra no final festejar
                                                       E os louros da vitória
                                                      Torcendo p’ra animar.

"O Combate ao Mosquito transmissor do Zica Vírus"
 
Autoras: Carolina Dias, Maria Luiza e Paloma (1902)
 
Nessa tal epidemia
Falarei do mais temido
O mosquito transmissor
Que não é o nosso amigo
Gosta muito de picar
E nunca ser combatido

Ele é bem pequenino
Voa abaixo do radar
Não esqueça o repelente
Ele pode te matar
Causar microcefalia
Precisamos nos cuidar

Traz doença p’ro bebê
Não podemos esquecer
Causa microcefalia
Teremos que combater
Então vamos impedir
Para ele não morder

Siga as indicações
Que iremos lhe passar
Fechem sua caixa d’água
P’ro mosquito não entrar
Tire a água do pneu
Para não acumular.


"A Luta do Homem contra o Zica Vírus"

Autores: Kayo, Lucas Maia, Matheus (1902)


Através deste cordel
Da Zica vamos falar
Esse pequeno mosquito
Que se ele te picar
A nossa população
Pode até se acabar

Precisamos nos unir
P'ra não deixa-lo matar
Temos que nos prevenir
A gente vai se ferrar
Vamos ficar bem atentos
Então vamos nos cuidar

Se a gente não se juntar
Nós não vamos conseguir
Combater este inseto
Vamos faze-lo sumir
                                                           Para nos tranquilizarmos
                                                           E voltarmos a sorrir.

 

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