Escola Municipal Barão de Itacurussá
Turma 1701
Professora: Ana Lucia M. Peçanha
Disciplina: Língua Portuguesa
Olá, meu queridos e fofos!
Saudades de todos vocês, mas, por hora, fiquem em casa!
Logo, logo, tudo voltará ao normal e estaremos juntos novamente. Turma mais
linda desse mundo!
Realizem essa atividade no caderno de Português. Essa é uma
forma de mantermos contato e de vocês continuarem lendo, aprendendo,
exercitando.
Beijo carinhoso e saudoso em todos,
Profª Ana
Os Quatro Ladrões
Diz que era uma vez quatro ladrões muito sabidos e finos. Num domingo de
manhã estavam deitados, gozando a sombra de uma árvore, quando viram passar na
estrada um homem levando um carneiro grande e gordo. Palpitaram furtar o
carneiro e comê-lo assado. Acertaram um plano e se espalharam por dentro do
mato.
O primeiro ladrão foi para o caminho, encontrando o homem do carneiro e
salvou-o:
— Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
— Para sempre seja louvado!
— O senhor, que mal pergunto, para onde leva este cachorrinho?
— Que cachorrinho?
— Esse aí que está amarrado numa corda! Bem bonitinho!
— Isso não é cachorro. É carneiro. Repare direito.
— Estou reparando, mas é cachorro inteiro. Vigie o focinho, as patas, o
pelo. É cachorro e dos bons.
Separaram-se e o dono do carneiro ficou olhando o animal meio
desconfiado. Adiante saiu o segundo ladrão, deu as horas, e foi logo entrando
na conversa:
— Cachorro bonito! Esse dá para tatu e cutia. Focinho fino, bom para
farejar. Perna fina corredeira. É capaz de correr veado. Onde comprou o bicho?
— O senhor repare que não é cachorro. É um carneiro. Já outro cidadão
ali atrás veio com essa palúxia para meu lado. Bote os olhos direito no bicho.
— Homem, desde que nasci que conheço cachorro e carneiro. Se esse aí não
é o cachorro eu ando espritado. Deixar de conhecer cachorro?
O homem seguiu sozinho, mas não tirava os olhos do carneiro, quase
convencido de que comprara o bicho errado. O outro ladrão apareceu e fez a
mesma conversa, misturando os dois animais, e ficando espantado quando o dono
dizia que era um carneiro. Discutiram um bom pedaço e o terceiro ladrão
espirrou para dentro do marmeleiro.
O quarto camarada veio e puxou conversa, oferecendo preço para o
cachorro que dizia ser bom caçador de preás. Deu os sinais de cachorro de faro
e todos encontravam no bicho que o homem ia levando.
Assim que despediu, o dono do carneiro, que ia comendo o animal com os
olhos, parou, desatou o laço da corda e soltou o carneiro, certo e mais que
certo que o carneiro era cachorro.
Os quatro ladrões que vinham acompanhando por dentro da capoeira
agarraram o carneiro e fizeram dele um almoço especial.
CASCUDO, Luís da C. Contos tradicionais do Brasil. 13. ed., 6ª reimp.
São Paulo: Global, 2009.
Questão 1
a) Discuta com seus colegas:
Os ladrões agem como na maioria dos furtos? Explique.
b) Que argumentos cada ladrão usou para convencer o homem de que ele
tinha um cachorro?
1º ladrão: Afirma que o animal é um cachorro e ainda aponta o focinho,
as patas, o pelo como provas de que é um cachorro.
2º ladrão: Afirma que o animal é um cachorro farejador, bom para caçar
tatu e cutia.
3º ladrão: Repetiu os argumentos do primeiro e do segundo ladrão.
4º ladrão: Afirmou que o animal era um cachorro bom para caçar preás.
c) Qual foi a consequência da estratégia usada pelos ladrões para
conseguir o carneiro?
d) O que você acha da estratégia
usada pelos homens para conseguir o carneiro? Você considera que houve
realmente um furto?
Questão 2
Analisando as palavras e expressões do texto
a) No segundo parágrafo do texto, que palavra ou expressão é usada para
introduzir a fala do primeiro ladrão? Sublinhe-a no texto..
b) Que expressões são usadas para introduzir a fala do segundo ladrão?
Sublinhe-as no texto.
c) Que outras expressões poderiam ser usadas para isso?
● Na fala do primeiro ladrão:
● Na fala do segundo ladrão:
d) Releia os trechos a seguir e diga qual é o sentido das expressões
sublinhadas:
● “— O senhor repare que não é cachorro. É um carneiro. Já outro cidadão
ali atrás veio com essa palúxia para meu lado.” Veio com essa conversa para
o meu lado.
● “Discutiram um bom pedaço e o terceiro ladrão espirrou para dentro
do marmeleiro.”
● “Assim que despediu, o dono do carneiro, que ia comendo o animal
com os olhos, […]”
e) Por que você imagina que o texto usa essas expressões?
Questão 3
Analisando o começo do conto.
Releia:
Diz que era uma vez quatro ladrões muito sabidos e finos. Num domingo de
manhã estavam deitados, gozando a sombra de uma árvore, quando viram passar na
estrada um homem levando um carneiro grande e gordo. Palpitaram furtar o
carneiro e comê-lo assado. Acertaram um plano e se espalharam por dentro do
mato.
*De acordo com esse trecho, o cenário (local onde se passa o fato
narrado)
( ) é apresentado primeiro e depois se sabe o
que aconteceu nele.
( ) não é apresentado de
início. Vai-se tomando conhecimento dele no desenrolar da narrativa.
( ) não é importante para o
conto, por isso não há menção ao lugar onde se passa o fato.
*E a expressão temporal “Diz que
era uma vez” o que sugere: um tempo exato em que é possível situar a história
ou o tempo do faz de conta?
Questão 4
Analisando a passagem do tempo nos contos
* Agora, releia o conto “Os quatro ladrões” e identifique as palavras e
as expressões que indicam a passagem do tempo. Sublinhe-as no texto.
*Em sua opinião, o uso dessas expressões
é importante na organização do texto? Por quê?
Questão 5
Analisando o
desenvolvimento do conto
a)
Ao verem o homem passar com o carneiro, que ideia os ladrões tiveram?
b)
Qual é o plano para colocar a ideia em prática?
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